Almada
O objeto do concurso consistia na elaboração do projeto de 10 edifícios de habitação coletiva a custos controlados em Almada.
No domínio da habitação, os projetos denominados de “custos controlados” apresentam-se como desafiantes, dado que se lhes exige que respondam a mais do que uma necessidade habitacional. Assim, de todos eles se espera também que sirvam de motor de transformação, inclusão e qualidade de vida dos seus moradores.
Os edifícios propostos apresentam uma volumetria clara, simples, inteligível e inequívoca que gera uma continuidade no espaço que os envolve. Desse modo, todo o espaço circundante é “frente de edifício” e assim é tratado, na medida em que para ele se orientam os espaços principais dos fogos, (salas, quartos e cozinhas).
A envolvente aos novos edifícios é formalizada de modo a “coser” a malha urbana envolvente, anulando ou absorvendo as diversas inconsistências de percursos e interligando pontos de diferentes cotas criando uma ampla área pedonal de circulação preferencial.
O espaço público organiza-se deste modo de forma clara em áreas com características distintas:
Dinâmicas – espaços de passagem, circulação e acesso aos edifícios, formalizados nas três vias longitudinais (duas com circulação automóvel e uma exclusivamente pedonal );
Estáticas – de estar, constituídas pelos espaços entre lotes e tendo a sua expressão mais evidente no sistema que atravessa entre os lotes 3 e 4, 9 e 10.
Em referência a uma arte urbana contemporânea, que se expressa através da aplicação de imagens ou de instalações de grande escala sobre fachadas veiculando valores, ideias e mensagens, cada um dos edifícios terá uma imagem identificadora do mesmo.
Desse modo, sobre a entrada principal é criado um painel vertical decorativo perfurado, com altura equivalente ao número de pisos, que consistirá simultaneamente numa grelha ventilada de ocultação da coluna vertical de estendais.
Alguns exemplos de formas de controlo de custos (que não significam cortes na qualidade da edificação):
- A simplicidade formal, que é simultaneamente fator assumido de qualidade arquitetónica e de redução de superfície de área de fachada exterior;
- A uniformização e simplificação dos sistemas construtivos;
- A otimização de rácios entre espaços comuns e áreas dos fogos dos edifícios, com tipologias de forte capacidade de adaptação futura;
- A inexistência de garagens nos edifícios, dado que o espaço envolvente permite responder adequadamente às necessidades de estacionamento previstos pelos regulamentos;
- O aproveitamento de recursos naturais, como a iluminação natural de espaços interiores de circulação e de muitas instalações sanitárias, o recurso a painéis de aquecimento de águas sanitárias e reservatórios de águas pluviais nas coberturas, que conferem total autonomia na rega com capacidade para rega das suas superfícies ajardinadas durante todo o período seco;
- A implantação individual de cada lote em função da topografia do terreno de modo a evitar volumes ou rampas salientes no exterior.
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